• 20 agosto

    Dietas com pouco carboidrato e muita carne podem reduzir a expectativa de vida

    As pessoas de meia-idade que obtêm quase metade de suas calorias diárias dos carboidratos vivem vários anos a mais em média do que aquelas que seguem dietas com muita carne e pouco carboidrato, de acordo com um estudo publicado nesta sexta-feira (17).

    Os resultados da pesquisa, publicada na revista médica "The Lancet", colocam em dúvida a moda das dietas "paleo", uma tendência na Europa e na América do Norte, que que evitam os carboidratos em benefício das proteínas e gorduras animais. Os defensores das "dietas paleolíticas" alegam que a mudança rápida, há 10 mil anos com o surgimento da agricultura, dos grãos, dos laticínios e dos legumes, não deu tempo suficiente ao corpo humano para adaptar-se a estes alimentos ricos em carboidratos. O estudo considera uma alimentação com poucos carboidratos aquela na qual estes proporcionam menos de 40% do total de energia, embora muitas dietas deste tipo diminuam esta proporção a 20% ou menos.

    No lado oposto, um percentual igual ou superior a 70% de energia procedente dos carboidratos – massa, arroz, entre outras – também pode reduzir a longevidade, mas de maneira menos intensa, de acordo com os cientistas. eidelmann e outros cientistas examinaram os históricos médicos de 15,5 mil pessoas com idades entre 45 e 64 anos quando iniciaram uma pesquisa sobre saúde – entre 1987 e 1989 – em quatro pontos diferentes dos Estados Unidos. Os participantes responderam questionários detalhados sobre seus hábitos alimentares. Ao longo de 25 anos, mais 6 mil deles faleceram. Os homens e mulheres que obtinham entre 50% e 55% de suas calorias dos carboidratos viveram em média quatro anos a mais que as pessoas com dietas reduzidas em carboidratos, e um ano a mais que aquelas com alimentação de índice elevado em carboidratos.

    Voltar